De Rosh Hashaná a Yom kipur e Sukot
Existe um texto que resume muito bem o período que estamos vivendo:
Ec 3:16-18 - Vi ainda debaixo do sol que no lugar do juízo reinava a maldade e no lugar da justiça, maldade ainda. Então, disse comigo: Deus julgará o justo e o perverso; pois há tempo para todo propósito e para toda obra. Disse ainda comigo: é por causa dos filhos dos homens, para que Deus os prove, e eles vejam que são em si mesmos como os animais.
Como tudo na vida, as festas cumprem seu objetivo anual... e, como uma sequência lógica, nos molda para estarmos aptos a vivenciar uma relação próxima com o Eterno.
Rosh HaShana é o dia do toque do Shofar, que nos desperta e nos leva à reflexão sobre os nossos atos. Geralmente, nessa hora acabamos por confrontar nossas más atitudes, reconhecer alguns erros e despertar de verdade. A Tora declara:
Êx 20:18 - Todo o povo presenciou os trovões, e os relâmpagos, e o clangor da trombeta, e o monte fumegante; e o povo, observando, se estremeceu e ficou de longe.
Nos tempos de Moshê, quando ele subiu a encontrar-se com o Eterno e receber os mandamentos, o povo ouviu o som do shofar, os relâmpagos e o monte fumegando... e estremeceram, ficando de longe. Isso os fez refletir. Depois, veio o mandamento de que anualmente haveria um dia como esse, em que o toque do shofar fosse um aviso de reflexão.
Lv 23:24 Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso solene, memorial, com sonidos de trombetas, santa convocação.
Quando refletimos, acabamos por reconhecer os erros, e então é hora de pedir perdão. Eis que dez depois de Rosh Hashanah é Yom kipur.
Lv 16:29,31 - E isto vos será por estatuto perpétuo: no sétimo mês, aos dez do mês, afligireis a vossa alma e nenhuma obra fareis, nem o natural nem o estrangeiro que peregrina entre vós.
É um sábado de descanso para vós, e afligireis a vossa alma; isto é estatuto perpétuo.
O jejum nos ensina que algumas vezes precisamos nos abster de algumas coisas. Comer é uma necessidade básica do ser humano, e ficar sem comer é “perder”. Perdoar, é abrir mão, abrir mão do orgulho próprio. Buscar o perdão também é isso, é aceitar que estava errado, e é raro aceitar o próprio erro. (Lembre-se do 70x7)
Quando aprendemos a buscar o perdão e a perdoar, tiramos um peso da nossa consciência, deixamos de confiar apenas na nossa capacidade e passamos a aceitar que se somos alguém, se temos algo, é só pela misericórdia Divina.
Deixar de confiar em nós mesmos, e aceitar a bondade do Eterno... esse é o próximo passo. Tudo a ver com Sukot, que celebraremos na próxima semana. Habitaremos em cabanas para nos lembrar que tudo vem da providência Divina, nosso sustento inclusive.
Só cumpriremos bem Sukot, se vivenciarmos bem o Yom Kipur... não basta afligir a alma, mas é preciso refletir sobre nossos atos. Quem sabe, nossa reflexão nos conduza a ser o reflexo da vontade do Eterno.
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