Candidato sensação da Argentina aponta ações pró Israel caso eleito

O candidato presidencial libertário da Argentina chocou o mundo com sua impressionante vitória de terceiros nas primárias locais. Agora, ele está começando a criar laços com Israel, devido a sua proximidade declarada ao estado judeu e ao judaísmo em geral.

Javier Milei ganhou os holofotes depois que o político ganhou 30 por cento dos votos nas primárias locais da Argentina esta semana, trazendo ideias bem diferentes da política atua, promovendo principalmente as liberdades individuais. As primárias são vistas como um “ensaio geral” antes da eleição oficial. Os principais partidos estavam logo atrás dele, com 28 e 27 por cento.

O excêntrico aspirante à presidência já foi comparado ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tanto por suas políticas quanto por seu histrionismo de campanha. Agora, ele está tirando outra página do manual de Trump, declarando que também mudaria a embaixada argentina de Tel Aviv para Jerusalém .

Em entrevista à rede local La Nacion , Milei professou suas intenções, acrescentando que como presidente seus aliados mais próximos seriam os Estados Unidos e Israel, e sua primeira viagem internacional seria "Jerusalém para aprofundar seus estudos da Torá, Talmud e outras escrituras judaicas."

Nascido católico, sua proximidade com o judaísmo rendeu até uma pergunta do diário argentino El Pais , que perguntava se ele havia pensado em mudar de religião, ao que Milei respondeu que estava "estudando" o assunto.

“Se eu for presidente, o que eu faço [com o sábado]? Vou me desligar do país de [sexta a sábado]? Existem algumas questões que tornariam [o judaísmo] incompatível [com a presidência]”, disse o candidato presidencial argentino ao El Pais . 

“O rabino que orienta meus estudos diz que devo ler a Torá do ponto de vista da análise econômica”, concluiu Milei.

A estação de rádio local judaica argentina Radio Jai revelou que Milei estuda regularmente os textos da Torá com o rabino Shimón Axel Wahnish da ACILBA, a comunidade judaica marroquina na Argentina. Eles foram descritos como extensos diálogos que ofereciam inspiração e sustento espiritual. Ele até fez uma visita de peregrinação ao túmulo do Rebe de Lubavitch em Queens, Nova York.