Conflito Israel-Hamas: Resumo sobre a explosão em hospital

(Imagem: Times of Israel)

Muito se falou na mídia sobre a explosão de um míssil em um hospital em Gaza. Primeiramente, praticamente todos os canais da imprensa noticiaram que o projétil tinha sido disparado por Israel, e que isso acarretaria num crime de guerra grave.

Mas conforme o tempo foi passando, várias informações foram sendo divulgadas sobre o caso, e as manchetes mudaram de "Israel ataca" para "houve um ataque", ou para "houve um bombardeio". Mas o estrago já tinha sido feito., e a mídia sequer se deu ao trabalho de soltar uma nota se desculpando pelo erro. Vários jornais ainda chamam o ocorrido de "Ataque", o que leva a entender que teria sido realizado por Israel, já que o hospital é em Gaza.

Vale a pena destacar que a única fonte da notícia e dos dados decorrentes provém do próprio Hamas e de suas várias ramificações, como o ministério da saúde de Gaza, que é controlado por eles.

O que foi dito:


O Hamas divulgou abertamente que Israel teria lançado um foguete diretamente no hospital situado em Gaza, e que ele teria destruído a estrutura, causando a morte de 473 pessoas.

Vários países árabes fizeram declarações contra Israel com base nessa informação, e em vários locais do mundo, árabes começaram a fazer manifestações e até mesmo a atacar as embaixadas israelenses e americanas.

Logo depois, foram registrados ataques a locais judaicos em vários países, dando destaque para uma sinagoga em Berlim, e também na Tunísia.

O que realmente aconteceu?


Após várias investigações não apenas de Israel, mas também de outros países como os EUA e a União Europeia, os fatos apresentados pelos Hamas se mostraram insustentáveis.

Primeiro que foram divulgados vídeos que mostram que a região do hospital foi atingida por um míssil lançado de dentro da própria Faixa de Gaza, que teria falhado. Além disso, várias imagens de satélite de antes e depois do impacto mostram que as estruturas do hospital estão praticamente intactas, e que o míssil teria atingido o estacionamento ao lado.

As imagens divulgadas na internet pelos próprios civis palestinos dentro de Gaza mostravam vários carros queimados, sustentando essa tese.

Vale destacar também que as imagens do míssil destacam que ele estava desgovernado, e a área de impacto e o estrago causados também foram relativamente pequenas, o que corrobora com a explicação de que não teria sido um projétil israelense, já que a tecnologia usada pela IDF é muito superior tanto em precisão quanto em área de explosão.

De acordo com a CNN, um documento da Inteligência dos EUA que trazia informações da investigação sobre o ocorrido afirmava que houve “apenas danos estruturais leves no hospital” e que Israel não foi responsável pela explosão.

Uma importante fonte de inteligência europeia disse à AFP (agência de notícias da França) que acredita que um máximo de 50 pessoas morreram na explosão no Hospital Al-Ahli, em Gaza, na terça-feira.

Como parte de suas evidências, os militares israelenses apresentaram uma conversa interceptada entre autoridades do Hamas dizendo que a explosão foi causada por um projétil PIJ que falhou

Depois de tudo, o que se sabe é que não importa o que realmente aconteceu, mas sim que a mensagem foi propagada, e agora Israel é visto como um país que ataca hospitais, e o fato de que o Hamas matou mais de 1000 civis em um único dia, foi deixado de lado.

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