Conflito Israel-Hamas: Resumo diário - Dia 10
Vários mísseis tem sido laçados desde a zona residencial de Gaza, para vários pontos dentro do território israelense, dando destaque para a região de Tel Aviv e áreas próximas a Jerusalém.
Deslocamento em Massa
O Ministério da Defesa afirma que cerca de 100 mil israelenses podem estar deslocados internamente em meio à guerra em curso na Faixa de Gaza e à escalada de escaramuças na fronteira com o Líbano.
De acordo com funcionários do ministério, os números são divididos em duas categorias principais: aqueles que foram totalmente evacuados de suas casas e aqueles que são elegíveis “para descansar e se refrescar” temporariamente em pousadas subsidiadas pelo Estado.
Ladrões do Bem
A UNRWA, a organização da ONU que trata os refugiados palestinos e seus descendentes, afirma que as autoridades do Hamas em Gaza aparentemente roubaram combustível e suprimentos médicos destinados aos refugiados das suas instalações na Cidade de Gaza.
A agência diz no X que as pessoas que alegam pertencer ao Ministério da Saúde administrado pelo Hamas carregaram os suprimentos em caminhões, acrescentando que qualquer uso não humanitário do combustível é “fortemente condenado”.
A agência excluiu as postagens logo em seguida, sem explicação.
O Ministro da Energia, Israel Katz, repete a acusação da UNRWA de que as autoridades do Hamas roubaram combustível e suprimentos médicos das suas instalações na Cidade de Gaza que se destinavam aos refugiados palestinos, argumentando que esta é uma razão para não permitir qualquer ajuda humanitária na Faixa até que o grupo terrorista seja eliminado.
As Ameaças Continuam
O Irão ameaça uma “expansão das frentes de guerra” se a guerra em Gaza não parar, afirmou o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amirabdollahian, numa entrevista à Al Jazeera.
“O Irão não pode ficar de braços cruzados a observar o desenrolar desta situação”, acrescenta o principal diplomata, observando que a cada hora, a possibilidade de abertura de uma nova frente de guerra está a aumentar, em referência aos crescentes ataques a alvos israelitas por parte do grupo terrorista Hezbollah, apoiado pelo Irã. no Líbano.
Ele também afirma que: “Podemos esperar uma ação preventiva por parte da frente de resistência nas próximas horas”.
“Os líderes da resistência não permitirão que o regime sionista tome qualquer ação em Gaza. … Todas as opções estão abertas e não podemos ficar indiferentes aos crimes de guerra cometidos contra o povo de Gaza”, disse Amirabdollahian.
“A frente de resistência é capaz de travar uma guerra de longo prazo com o inimigo”, diz ele – sem entrar em detalhes sobre o tipo de ação que Israel deveria esperar.
Amirabdollahian faz as suas declarações durante uma visita ao Qatar, onde se encontrou com altos funcionários do Qatar e com o chefe do gabinete político do movimento terrorista palestino Hamas, Ismail Haniyeh, de acordo com uma reportagem da mídia estatal iraniana. O Catar foi acusado por muitos de ser patrocinador do Hamas e de outros grupos terroristas na região.
A Guerra em Números
Existem actualmente entre 200 e 250 prisioneiros em Gaza, afirma o porta-voz militar do grupo terrorista, Abu Obeida, salientando que não há uma contagem definitiva, devido a “dificuldades práticas e de segurança”, mas afirmando que 200 deles estão nas mãos do Hamas após o ataque massivo do grupo terrorista em 7 de outubro.
Numa declaração televisiva, ele diz que cerca de 50 outras pessoas estão detidas por outras “facções de resistência e noutros locais”.
O dólar americano vale agora 4 shekels pela primeira vez desde 2015. A desvalorização do shekel ocorre no contexto da guerra com grupos terroristas em Gaza e apesar do anúncio do Banco de Israel de que venderá 30 mil milhões de dólares das suas reservas para evitar a desvalorização do shekel.
O Ministério da Saúde de Israel afirma que o número total de feridos desde o início do ataque do Hamas contra o sul de Israel é de 4.121.
Atualmente, há 344 feridos ainda hospitalizados, incluindo 82 em estado grave, 178 em estado moderado e 81 em estado leve.
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