Conflito Israel-Hamas: Resumo diário Dia 2

(Imagem: Times of Israel)

Israel está oficialmente em guerra contra o Hamas, o grupo terrorista que governa a faixa de gaza.

O que aconteceu?


Durante o Shabat e festividade de Shemini atzeret, em Israel, o Hamas iniciou um ataque surpresa em várias frentes na região sul do pais, invadindo as fronteiras da faixa de gaza por terra e por ar. Mais de 5 mil foguetes foram disparados apenas no primeiro ataque.

A inteligência militar de Israel não estava ciente e muito menos preparada para uma escalada dessa magnitude, o que acabou se tornando fatal. O que se viu em seguida foram vários ataques brutais dos terroristas contra grupos civis, no que se tornou numa chacina sem precedentes. Durante toda a investida, várias pessoas foram feitas de reféns, assassinatos a sangue frio, e vários outros crimes.

Um dos focos que mais gerou repercussão no Brasil foi o massacre em uma festa rave, em que estava o pai do DJ Alok. O evento contava com mais de 3 mil pessoas e até o momento foram identificados mais de 260 mortos apenas no local do evento.

A reação de Israel


Durante o próprio Shabat, o Primeiro Ministro Benjamin Netaniahu declarou oficialmente o estado de guerra, e informou que essa poderá ser uma das maiores e mais sangrentas de todos os tempos. Em um comunicado ele afirmou que ataques pesados aconteceriam na região da faixa de gaza, e informou aos residentes civis que eles deveriam fugir do local.

A mobilização da IDF começou no próprio Shabat, com toda a gestão logística, quando iniciaram as retaliações com mísseis e o transporte de tropas e veículos.

As Forças de Defesa de Israel afirmam ter lançado ataques aéreos massivos contra Gaza, visando cerca de 150 locais. Cerca de 100 toneladas de munições foram lançadas na vizinhança, afirma a IDF.

Anteriormente, as FDI realizaram ataques semelhantes em grande escala no bairro de Beit Hanoun, no norte de Gaza. A IDF afirma que também teve como alvo a casa de um membro sênior do Hamas, já que o apartamento foi usado pelo grupo terrorista como “infraestrutura militar”.

As Forças de Defesa de Israel afirmam que ainda lutam contra terroristas palestinos em território israelense, 40 horas após o início da guerra lançada pelo grupo terrorista Hamas.

“As forças terrestres permanentes e de reserva das FDI, em cooperação com [outras] forças de segurança, estão a conduzir combates prolongados nas cidades ao redor de Gaza e [mataram] centenas de terroristas nas cidades, na fronteira e na costa, nos últimos 40 horas”, afirma a IDF em comunicado.

A IDF afirma que as tropas continuam a realizar buscas em toda a área e ainda trocam tiros com terroristas a esta hora em vários locais.

As autoridades evacuaram residentes de cidades duramente atingidas na área de Gaza, devastadas por homens armados do Hamas no domingo, enquanto as forças de segurança continuavam a combater bolsões de terroristas dentro de Israel enquanto procuravam pelos suspeitos restantes em mais de uma dúzia de comunidades israelenses.

Rajadas esporádicas de tiros puderam ser ouvidas perto de Sderot e outras cidades ao longo do dia, enquanto as forças tentavam eliminar os homens armados do Hamas que haviam violado a cerca da fronteira de Israel um dia antes.

“Existem dezenas de milhares de soldados combatentes na área. Alcançaremos cada comunidade até matarmos todos os terroristas em Israel”, disse o porta-voz militar Daniel Hagari aos repórteres.

As Forças de Defesa de Israel disseram que apenas civis de cidades adjacentes à fronteira com a Faixa de Gaza estavam sendo evacuados por enquanto.

“Outras evacuações serão realizadas de acordo com a avaliação da situação”, disse a IDF.

Outros grupos envolvidos


Um relatório do Wall Street Journal afirma que o Irã ajudou o Hamas a planejar o seu ataque a Israel durante uma reunião em Beirute na semana passada, e tem trabalhado nisso há semanas.

O relatório cita altos membros do Hamas e do Hezbollah e diz que os planos estavam em andamento desde agosto e incluíam várias reuniões em Beirute, que incluíam membros da Guarda Revolucionária Islâmica.

O grupo terrorista Hezbollah lançou na manhã de domingo morteiros contra locais militares israelenses na fronteira com o Líbano, enquanto os combates continuavam no sul de Israel após um grande ataque lançado pelo grupo terrorista palestino Hamas na Faixa de Gaza.

A Jihad Islâmica também ajudou nos ataques. Em conjunto com o Hamas, o grupo terrorista mantém cerca de 130 reféns israelenses, incluindo altos funcionários do exército, de acordo com uma reportagem do meio de comunicação palestino al-Hadath.

O Taleban, outro grupo terrorista, também sinalizou que está disposto a ajudar, e pediu passagem ao governo do Irã para se juntar ao conflito.

A Guerra em Números


O número de mortos no ataque sem precedentes do Hamas já ultrapassou 700 mortes em Israel e se espera que os números continuem aumentando ainda mais, devido a quantidade de reféns.

Pelo lado palestino, o número de mortes informadas por gaza chegou a cerca de 400 pessoas durante o dia.

O Ministério da Saúde atualiza que até agora pelo menos 2.315 pessoas foram feridas e tratadas em hospitais israelenses desde o início da guerra ontem.

Destes, 23 estão em estado crítico, 340 em estado grave, 449 em estado moderado, 1.233 em estado leve, 56 estão em tratamento de ansiedade grave e 202 ainda estão sendo avaliados por autoridades médicas.

Todos os dados foram compilados de portais israelenses confiáveis.

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