Conflito Israel-Hamas: Resumo diário - Dia 6
Israel ataca a Síria
A mídia estatal síria informou que Israel atacou os Aeroportos Internacionais de Aleppo e de Damasco. A rádio pró-governo Sham FM afirma que foram causados danos aos aeroportos, mas não há feridos.
Os ataques “simultâneos” nos aeroportos de Aleppo e Damasco “danificaram as pistas de aterragem dos dois aeroportos, colocando-os fora de serviço”, afirma a comunicação social estatal, citando uma fonte militar.
A primeira declaração sobre a falha no ataque
Em sua primeira declaração pública desde o início da guerra entre Israel e grupos terroristas palestinos na Faixa de Gaza, o chefe do Estado-Maior das FDI, tenente-general Herzi Halevi, reconheceu as falhas que permitiram a infiltração do Hamas e os assassinatos em massa no sábado.
“As FDI são responsáveis pela segurança do país e dos seus cidadãos e, na manhã de sábado, na área ao redor da Faixa de Gaza, não cuidamos disso. Vamos aprender, vamos investigar, mas agora é a hora da guerra”, diz Halevi, do sul de Israel.
Ele também diz que Israel fará tudo o que puder para devolver os reféns feitos pelo Hamas e outros grupos. “Estamos matando muitos terroristas, muitos comandantes, destruindo infraestruturas terroristas que apoiaram este crime terrível e brutal”, continua Halevi. “Gaza não terá a mesma aparência”, acrescenta.
Outro que se manifestou sobre os problemas ocorridos foi Yair Lapid, líder da oposição, dizendo que não se juntará ao governo de emergência nacional do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e Benny Gantz, pois não acredita que funcionará com a sua atual estrutura e composição. Lapid aponta para três questões: a manutenção de “extremistas” no governo de linha dura, uma estrutura dupla de gabinete de segurança sem linhas claras de autoridade, e a presença contínua dos culpados pelo “fracasso imperdoável” em evitar o esmagador ataque terrorista do Hamas no sábado. que desencadeou a guerra em curso.
O líder da oposição disse que “o que aconteceu neste último Shabat é um fracasso sem reparação” e acusa que aqueles “que começaram o fracasso não podem resolvê-lo”. “Se eu tivesse pensado que o que está a acontecer hoje é um verdadeiro governo de unidade, tê-lo-ia feito”, diz Lapid, acrescentando que, entretanto, “apoiaremos todas as ações, ajudaremos de todas as maneiras que pudermos”.
Mais Discursos
Vários parentes de reféns e de vítimas de outros países se manifestaram no dia de hoje pedindo por medidas mais duras de suas respectivas nações, e posições ativas na negociação com os reféns.
O dia foi marcado por discursos diplomáticos de várias autoridades, condenando os ataques do Hamas e declarando apoio a Israel. Dentre eles está o Secretário de Estado dos EUA, que viajou até o território israelense e fez uma coletiva junto do primeiro ministro Benjamin Netanyahu.
o o Chanceler alemão Olaf Scholz, também declarou em coletiva que a Alemanha está apoiando Israel e que disponibilizou ajuda militar, caso necessário.
Uma fala que chamou a atenção foi de um alto funcionário anônimo do governo do Egito, que disse que o país não abriria suas fronteiras para a passagem de civis fugindo da guerra. Logo depois o presidente do Egipto, Abdel-Fattah el-Sissi, disse que os habitantes de Gaza devem “permanecer firmes e permanecer nas suas terras”, no meio de apelos ao Cairo para permitir a passagem segura aos civis retidos em Gaza.
A notícia porém não correu o mundo, que está mais focado em repreender Israel. O mesmo funcionário também disse que o país estaria disposto apenas a ceder caminho para ajuda humanitária.
Mentira discarada
O vice-líder do Hamas, Saleh al-Arouri, diz que o Hamas não tem como alvo os civis “como uma política” e que o seu ataque de sábado apenas teve como alvo a Divisão de Gaza das FDI estacionada ao longo da fronteira – apesar das provas esmagadoras, filmagens e testemunhos de que os seus terroristas sistematicamente atacaram e massacraram. civis.
Primeiro Ataque em Jerusalém
A polícia local informou que dois policiais ficaram feridos, incluindo um gravemente, em um ataque a tiros perto da estação de Shalem, nos arredores da entrada do Portão de Herodes na Cidade Velha de Jerusalém.
Os policiais responderam ao fogo contra o atirador, “neutralizando-o”, disse a polícia. O atirador usou uma submetralhadora improvisada no ataque, mostram imagens divulgadas pela polícia.
O número de mortos israelenses desde o início da guerra continuou a subir, chegando a 1.300, segundo relatos da mídia hebraica.
O destino de cerca de 150 pessoas raptadas e levadas para a Faixa de Gaza durante o ataque devastador do grupo terrorista Hamas ainda não está claro.
O Ministério da Saúde atualiza o número de feridos: A partir das 9h de quinta-feira, 3.297 feridos foram levados a hospitais em todo o país desde a manhã de sábado.
Destes, 28 estavam em estado crítico, 335 em estado grave, 581 em estado moderado e 1.805 em bom estado.
Há ainda 115 pessoas em avaliação médica e 142 pessoas que chegaram aos hospitais foram internadas devido a choque psicológico.
Atualmente, 423 feridos ainda estão hospitalizados: 111 em estado grave, 189 em estado moderado e 113 feridos leves.
O ministério da saúde administrado pelo Hamas afirma que 1.417 palestinos foram mortos e outros 6.268 ficaram feridos em ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza. Vale destacar que o órgão controlado pelo grupo terrorista não faz distinção entre civis e militantes do grupo, portanto não é possível afirmar que todas essa mortes seriam de civis ou terroristas.
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