Criador de 'Shtisel' está trabalhando em nova série: Herzl

O líder político mais famoso da história judaica moderna pode estar chegando aos serviços de streaming em breve, graças a um dos criadores de “Shtisel”.

Theodor Herzl, o fundador do sionismo moderno, que morreu em 1904, é o tema de uma série que está sendo desenvolvida por Ori Elon, de acordo com uma reportagem do Deadline.

Elon é mais conhecido como o co-criador e escritor da série de sucesso da Netflix Shtisel , que ele co-escreveu e co-criou com Yehonatan Indursky. A série segue uma família Haredi que vive em um bairro ultra-ortodoxo de Jerusalém, enfrentando o amor, a perda e o marasmo da vida cotidiana. A série israelense é estrelada por Michael Aloni, Doval'e Glickman, Neta Riskin, Sasson Gabai e Shira Haas. Elon também trabalhou em "Srugim", uma série popular sobre solteiros ortodoxos modernos em Jerusalém.

A nova série, que está nos estágios iniciais, é baseada nos diários pessoais de Herzl e narra sua jornada de um dramaturgo cínico para o líder de uma nação. De acordo com o relatório, o projeto está sendo financiado por Inbar Nacht, uma proeminente advogada e filantropa israelense cuja fundação familiar apoiou artistas durante a pandemia e ajudou centenas de pessoas a escapar do Talibã quando assumiu o controle do Afeganistão.

Marius, marido de Nacht, é um empresário por trás de um empreendimento bem-sucedido de segurança cibernética, que disse que os israelenses deveriam investir com mais frequência nas inovações de seu próprio país.

A vida breve, mas significativa de Herzl não foi retratada na tela de forma substantiva desde 1921, quando ele foi o tema de um filme mudo austríaco chamado “Theodor Herzl, Porta-estandarte do Povo Judeu”.

Essa representação de 1921 claramente não poderia culminar na fundação de Israel em 1948 – o estado que Herzl e seus seguidores imaginaram para os judeus no Oriente Médio.

Herzl é uma figura proeminente na história judaica e é considerado o visionário do estado de Israel. Nascido em 1860 de pais de classe média no que hoje é Budapeste, Hungria, a carreira de Herzl foi dedicada ao jornalismo e à literatura. Ele trabalhou em um jornal em Viena antes de se tornar correspondente em Paris, onde assistiu ao julgamento de Alfred Dreyfus, um famoso escândalo político e evento antissemita em que um capitão judeu do exército francês foi falsamente condenado como espião para a Alemanha.

O evento fez de Herzl um sionista e ele acreditava que os judeus precisavam de uma nação para chamar de sua. Ele fundou e foi presidente da Organização Sionista, um movimento político moderno para estabelecer um estado judeu independente.

Sua defesa dessa visão durou apenas uma década e incluiu viagens pela Europa e Oriente Médio para obter apoio de líderes políticos e filantropos. Na época de sua morte aos 44 anos de insuficiência cardíaca, ele havia proposto um estado judeu em Uganda.

A dramaturgia israelense está em alta no momento ,com shows como Shtisel, Fauda, Unorthodox, Your Honor e On The Spectrum, se tornando sucessos globais para o público internacional. O projeto Herzl de Elon pode se tornar um dos próximos projetos quentes na esfera de conteúdo israelense.

O conteúdo da matéria foi retirado dos portais Times of Israel e Deadline.